2 de out. de 2011

Editorial Veredicto Nº8: Film Noir



Introdução

por Luiz Santiago


     É com muito prazer que apresentamos o resultado no nosso Júri para o tema proposto em discussão no mês de setembro: Film Noir. Foram indicados 51 filmes para esta lista, uma das mais reduzidas dentre todas as oito edições do nosso Veredicto do mês. No entanto, isso se reflete na indicação de filmes que são realmente importantes e definitivos para o gênero Noir. A aventura pelo mundo perigoso do crime começa agora!


Apresentação

por Dilberto L. Rosa


     Ah, o 'noir'... No ar (assim que se pronuncia), mais uma escola campeã de bilheteria (e qualidade duradoura, tanto que o termo desta Escola norte-americana com ares de expressionismo alemão à 'pulp fiction' de Dashiell Hammett só viria tempos depois dos maiores clássicos do Cinema): fumaças inebriantes de cigarro em meio a estonteantes mulheres sedutoras de caráter dúbio em algum escritório chinfrim de algum 'private eye' desqualificado pelo excesso de cinismo num mundo sempre de noite...

     Mas, para além dos clichês mais famosos, a "estética 'noir'" foi bem maior que isso: tempo clássico (na mais fina estampa do termo) de filmes de menor orçamento, onde muitos diretores e atores "menores" ou perseguidos pela Guerra Fria criavam a partir de conceitos de mestres recém-escapados da Europa (como Billy Wilder e Fritz Lang), dali surgindo clássicos absolutos como LauraÀ Beira do AbismoO Terceiro Homem, diretores geniais como Howard Hawks (Scarface) e belíssimas e inesquecíveis mulheres (Barbara Stanwick, Rita Rayworth e Gene Tierney) com seus durões maravilhosos (Fred MacMurray e Glenn Ford).


     Mas nenhum seria tão clássico e reinaria tão absolutamente por toda a eternidade cinematográfica como aquele genial filme de John Houston – tanto que acabou passando para a posteridade esdrúxula dos títulos nacionais com dois nomes: Relíquia Macabra ou O Falcão Maltês (esta, sim, tradução adequadamente literal) reúne o suprassumo niilista dos conceitos 'noir' e joga tudo para o ventilador do alto do teto carcomido de Sam Spade (o não menos iconográfico Humphrey Bogart) nesta obra-prima genial que não só consta como um dos melhores filmes de todos os tempos na lista do jornalista (e detetive nas horas vagas) Antonio Nahud, como na minha e na de todo cinéfilo adorador deste "subgênero" eterno!

     Afinal, jamais haverá uma mulher com Gilda – ainda mais se a própria virar uma legítima Dama de Shangai e for casada com a Marca da Maldade em pessoa! E um Pacto Sinistro com algum legítimo Mensageiro do Diabo jamais seria tão assustador quanto Os Assassinos de um Pacto de Sangue perdidos em alguma Chinatown qualquer... O terror, ah, o denso e dramático terror policialesco daqueles bons tempos de "filmes pretos" ('film noir') em preto e branco genial que jamais voltarão... Afinal, mortos não falam...


Os artigos


     O Editorial desse mês conta com uma vasta abordagem crítica, realizada por mim, pelos nossos jurados, e por dois outros convidados. Abaixo, estão disponibilizados os textos. Uma boa leitura a todos!










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