24 de out. de 2011

Vulcão (Eldfjall / Volcano)



por Luiz Santiago


     Vulcão é um filme cuja história tem bom valor cinematográfico, mas o produto em si é insosso e insatisfatório. Penso que os espectadores que se identificam mais facilmente com dolorosas histórias familiares, verão alguma coisa boa no filme, mas é difícil gostar de uma coisa tão impessoal, seca e densa como VulcãoO filme conta a história de um homem que, após aposentar-se, passa a conviver com sua família, depois de anos de afastamento e vida mecânica. Um acontecimento drástico muda a dinâmica da reconciliação empreendida por ele, e o filme se apega a essa questão até a última cena.

     Em uma análise psicanalítica, dir-se-ia que minha rejeição ferrenha ao filme, dá-se pela negação de algo pessoal ali identificado. Todavia, posso afirmar que há mais chatice e sono na minha relação com o filme, do que a negação alguma semelhança com o protagonista, a história, etc.

     O suicídio e a dor da perda são temas recorrentes da película. Os silêncios, a sublimação e a predominância de tons azuis na fotografia ajudam a construir o caos calmo que se instaura. Para mim, nada no filme inspirou simpatia. Basta saber se foi uma coisa do momento ou se a obra é definitivamente vazia mesmo. Em uma futura exibição, que sabe, eu possa tirar essa dúvida. Por hora, essa é a primeira impressão que ficou.


* Filme visto na 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo


VULCÃO (Eldfjal, Dinamarca, Islândia, 2011).
Direção: Runar Runarsson
Elenco: Theódór Júlíusson, Margrét Helga Jóhannsdóttir


FILME INSATISFATÓRIO. SOMENTE PARA FÃS INCONDICIONAIS DO GÊNERO.

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