por Luiz Santiago
Um musical cômico-fantástico irregular, com momentos interessantes e envolventes, mas nada maduro ou sólido o bastante para se segurar até o final.
A pergunta que fica para todos é: "Qual o motivo de tanto exagero?". A cidade inteira ter virado gay, e a trama girar em torno dessa transformação é, no mínimo, pretensiosa, mesmo quando estamos em um mundo de poesia e fantasia. O filme não é poético, mas irradia beleza nas composições dos cenários, figurinos, e sequências oníricas, o que nos insere em um mundo onde (quase) tudo é possível, no entanto, o desfecho inverossímil que aqui temos, até para esse mundo fantástico, é um exagero.
Nem a trilha sonora escapa à estranheza - um trecho ou outro agradam, justamente por atender à necessidade cênica ou sentimental do momento, mas isso não é algo que predomina no filme. Ao final da obra, parece-nos que as cosias retomam o rumo, mas já é tarde demais para ajustar os erros.
Uma película fraca, meio brega, muito forçada, e com um roteiro bem ruim, sem muita necessidade de quociente de inteligência para entendê-lo... Falta muita coisa em "Fosse o mundo meu".
FOSSE O MUNDO MEU (Where the World Mine, EUA, 2008)
Direção: Tom Gustafson
Elenco: Tanner Cohen, Wendy Robie, Judy McLane, Zelda Williams, Jill Larssn, Ricky Goldman, Nathaniel David Becker, Christian Stolte, David Darlow, Parker Crof.
FILME INSATISFATÓRIO. SOMENTE PARA FÃS INCONDICIONAIS DO GÊNERO.