12 de jul. de 2011

Código 46 (2003)


por Luiz Santiago


     O grande erro de boa parte dos filmes muito ruins é serem pretensiosos e se acharem bons demais. Esse é o triste e repugnante caso de Código 46.

     Se estivesse em um concurso do tipo “Quem imitar melhor Fahrenheit 451 e conseguir misturá-lo melhor à cartilha hollywoodiana de Ficção Científica ganha um prêmio” certamente esse seria até um bom indicado. A estilização fotográfica nas tomadas internas, nas grandes Metrópoles à noite, e a secura marrom e amarelada das cidades “de fora do sistema” tem o seu valor, mas eles são totalmente nulos quando observamos o todo do filme. Sem contar a famosa “Escola das Ideologias Invertidas” que o filme expõe, criando uma pseudo crítica ao sistema, quando na verdade, o desfecho da obra nos prova exatamente o contrário.

     E por mais que tenham elogiado a dupla Tim Hobbins e Samantha Morton, não senti absolutamente NADA da tal “química” entre eles. E depois, aquela narração-guia desnecessária quebra todo e qualquer tipo de ritmo interno do filme, as coisas nunca se encaixam e a tentativa de plasmar um final lírico saiu pior que encomenda. Mais um lixo que lamento ter perdido meu tempo para vê-lo...

     Em tempo: será que o diretor e o roteirista acharam cult misturar palavras de origem latina (especialmente em espanhol) nos diálogos durante todo o filme? Ninguém da produção ou da equipe técnica percebeu o quão ridícula foi essa escolha? Sem comentários...


CÓDIGO 46 (Code 46, UK, 2003)
Direção: Michael Winterbottom
Elenco: Tim Robbins, Togo Igawa, Nabil Elouahabi, Samantha Morton, Sarah Backhouse, Jonathan Ibbotson, Om Puri, Emil Marwa, Nina Fog, Christophe Simpson, Jeanne Balibar.


FILME INSATISFATÓRIO. APENAS PARA FÃS INCONDICIONAIS DO GÊNERO.

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