Filha de pais estadunidenses, mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute (1942), mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.
Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez Que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.
Liz, como é mais conhecida, é reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra. Celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, é uma compulsiva colecionadora de joias. Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.
Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo), sendo o mais rumoroso o com o ator inglês Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Oscar; e também Os Farsantes e A Megera Domada.
Vencedora duas vezes do Oscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de Disque Butterfield 8. Nessa década, com o reconhecimento do prêmio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.
Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a AIDS a partir dos anos 80, logo após a morte de Hudson. A despeito de ter nascido fora dos EUA, em 2001 recebeu do presidente Bill Clinton, a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.
Convalescida e com problemas de saúde já a alguns anos, a atriz faleceu no dia 23 de maio de 2011, aos 79 anos de idade.
Fonte: Filmow
O VEREDICTO
1º Lugar (121 pontos)
GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE
Cat On A Hot Tin Roof
Richard Brooks, 1958
2º Lugar (117 pontos)
QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOF?
Who's Afraid of Virginia Woof?
Mike Nichols, 1966
3º Lugar (100 pontos)
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Giant
George Stevens, 1956
4º Lugar (97 pontos)
DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO
Suddenly Last Summer
Joseph L. Mankiewicz, 1959
5º Lugar (93 pontos)
UM LUGAR AO SOL
A Place in the Sun
George Stevens, 1951
6º Lugar (70 pontos)
CLEÓPATRA
Joseph L. Mankiewicz, 1963
7º Lugar (68 pontos)
DISQUE BUTTERFIELD 8
Butterfield 8
Daniel Mann, 1960
OPINIÃO DA JURADA
Sobre De Repente, no Último verão:
Três astros de primeira grandeza reunidos: Katharine Hepburn, Elizabeth Taylor e Montgomery Clift. Kate, uma viúva rica, obcecada pelo filho, Sebastian, morto “de repente, no último verão”. Liz, a sobrinha da senhora, única testemunha da morte do primo e em silêncio desde então. Monty, um psiquiatra contratado pela mulher para fazer uma lobotomia na sobrinha e desvendar de vez a morte do filho. A fotografia em preto –e – branco ajuda a criar o clima sombrio da clínica psiquiátrica, da mansão de Kate e da própria personalidade de sua personagem. Por fim descobrimos que a morte do rapaz foi como sua relação com a mãe: bizarra e doentia. Descobrimos também o que a reunião de tal elenco, que contava também com a eterna coadjuvante Mercedes MacCambridge, pode produzir: obra-prima.
Letícia Magalhães
O PECADO DE TODOS NÓS
Reflections in a Golden Eyre
John Huston
1967
O PAI DA NOIVA
Father of the Bride
Vincente Minnelli
1950
A ÁRVORE DA VIDA
Raintree County
1957
Edward Dmytryk
NOSSA VIDA COM PAPAI
Life With Father
1947
Michael Curtiz
A ÚLTIMA VEZ QUE VI PARIS
The Last Time I Saw Paris
1954
Richard Brooks
O HOMEM QUE VEIO DE LONGE
Boom!
1968
Joseph Losey
IVANHOÉ
1952
Richard Thorpe
OPINIÃO DO JURADO
Sobre Elizabeth Taylor:
Nunca fui fã da Elizabeth Taylor atriz, embora tenha assistido quase todos os seus filmes. Acho sua voz fanhosa, irritante, e a postura corporal tensa. Quando partia para interpretações de alto teor dramático, apelava para uma evidente histeria. Além disso, para uma super star como ela foi durante tanto tempo, inclusive reinando soberana nas telas durante cerca de 15 anos, não escolheu muito bem seus papéis, com poucos filmes realmente significantes. Por exemplo, a sua longa parceria com Richard Burton é frustrante, com apenas um grande filme: “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, de Mike Nichols. “Cleópatra”, um épico fascinante, tem nela o seu ponto mais fraco. Claudette Colbert, como a rainha do Egito de Cecil B. DeMille, estava mais encantadora e convincente. No entanto, era uma boa atriz nas mãos de diretores de talento. Sem contar, da força monumental de um dos mais belos rostos do cinema. No seu melhor filme, “Um Lugar ao Sol”, as atuações mais expressivas são de Montgomery Clift e Shelley Winters. O mesmo acontece em quase todos os seus filmes de qualidade, sempre com outros roubando a cena: Paul Newman e Burl Ives em “Gata em Teto de Zinco Quente”, Katharine Hepburn em “De Repente, no Último Verão”, Marlon Brando e Julie Harris em “O Pecado de Todos Nós”, Spencer Tracy em “O Papai da Noiva”, Rock Hudson e James Dean em “Assim Caminha a Humanidade” etc. O seu maior momento é a Martha de “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”. Não há como negar que é uma interpretação monumental. Admiro a Elizabeth Taylor pop-star, desde sua vida sofrida e gloriosa até seus posicionamentos humanitários corajosos. Realmente foi uma das maiores estrelas da história do cinema.
Antonio Nahud Júnior
15º Lugar (21 pontos)
A MEGERA DOMADA
The Taming of the Shrew
1967
Franco Zeffirelli
16º Lugar (17 pontos)
JANE EYRE
1943
Robert Stevenson
17º Lugar (15 pontos)
A MOCIDADE É ASSIM MESMO
National Velvet
1947
Clarence Brown
18º Lugar (13 pontos)
ADEUS ÀS ILUSÕES
The Sendpiper
1965
Vincente Minnelli
19º Lugar (11 pontos)
GENTE MUITO IMPORTANTE
The V.I.P.s