6 de mai. de 2011

Veredicto Nº3: Elizabeth Taylor



     Filha de pais estadunidenses, mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute (1942), mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.

      Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez Que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.

     Liz, como é mais conhecida, é reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra. Celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, é uma compulsiva colecionadora de joias. Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.

     Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo), sendo o mais rumoroso o com o ator inglês Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Oscar; e também Os Farsantes e A Megera Domada.

     Vencedora duas vezes do Oscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de Disque Butterfield 8. Nessa década, com o reconhecimento do prêmio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.

     Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a AIDS a partir dos anos 80, logo após a morte de Hudson. A despeito de ter nascido fora dos EUA, em 2001 recebeu do presidente Bill Clinton, a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.

     Convalescida e com problemas de saúde já a alguns anos, a atriz faleceu no dia 23 de maio de 2011, aos 79 anos de idade.

Fonte: Filmow


O VEREDICTO


1º Lugar (121 pontos)

GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE

Cat On A Hot Tin Roof

Richard Brooks, 1958



2º Lugar (117 pontos)

QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOF?

Who's Afraid of Virginia Woof?

Mike Nichols, 1966



3º Lugar (100 pontos)

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Giant

George Stevens, 1956



4º Lugar (97 pontos)

DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO

Suddenly Last Summer

Joseph L. Mankiewicz, 1959



5º Lugar (93 pontos)

UM LUGAR AO SOL

A Place in the Sun

George Stevens, 1951



6º Lugar (70 pontos)

CLEÓPATRA

Joseph L. Mankiewicz, 1963



7º Lugar (68 pontos)

DISQUE BUTTERFIELD 8

Butterfield 8 

Daniel Mann, 1960




OPINIÃO DA JURADA


Sobre De Repente, no Último verão:

     Três astros de primeira grandeza reunidos: Katharine Hepburn, Elizabeth Taylor e Montgomery Clift. Kate, uma viúva rica, obcecada pelo filho, Sebastian, morto “de repente, no último verão”. Liz, a sobrinha da senhora, única testemunha da morte do primo e em silêncio desde então. Monty, um psiquiatra contratado pela mulher para fazer uma lobotomia na sobrinha e desvendar de vez a morte do filho. A fotografia em preto –e – branco ajuda a criar o clima sombrio da clínica psiquiátrica, da mansão de Kate e da própria personalidade de sua personagem. Por fim descobrimos que a morte do rapaz foi como sua relação com a mãe: bizarra e doentia. Descobrimos também o que a reunião de tal elenco, que contava também com a eterna coadjuvante Mercedes MacCambridge, pode produzir: obra-prima.


Letícia Magalhães




8º Lugar (55 pontos)

O PECADO DE TODOS NÓS

Reflections in a Golden Eyre

John Huston

1967







9º Lugar (50 pontos)

O PAI DA NOIVA

Father of the Bride


Vincente Minnelli

1950







10º Lugar (44 pontos)

A ÁRVORE DA VIDA

Raintree County

1957

Edward Dmytryk







11º Lugar (41 pontos)

NOSSA VIDA COM PAPAI

Life With Father

1947

Michael Curtiz







12º Lugar (33 pontos)

A ÚLTIMA VEZ QUE VI PARIS

The Last Time I Saw Paris

1954

Richard Brooks







13º Lugar (30 pontos)

O HOMEM QUE VEIO DE LONGE

Boom!

1968

Joseph Losey







14º Lugar (23 pontos)

IVANHOÉ

1952

Richard Thorpe









OPINIÃO DO JURADO


Sobre Elizabeth Taylor:

     Nunca fui fã da Elizabeth Taylor atriz, embora tenha assistido quase todos os seus filmes. Acho sua voz fanhosa, irritante, e a postura corporal tensa. Quando partia para interpretações de alto teor dramático, apelava para uma evidente histeria. Além disso, para uma super star como ela foi durante tanto tempo, inclusive reinando soberana nas telas durante cerca de 15 anos, não escolheu muito bem seus papéis, com poucos filmes realmente significantes. Por exemplo, a sua longa parceria com Richard Burton é frustrante, com apenas um grande filme: “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, de Mike Nichols. “Cleópatra”, um épico fascinante, tem nela o seu ponto mais fraco. Claudette Colbert, como a rainha do Egito de Cecil B. DeMille, estava mais encantadora e convincente. No entanto, era uma boa atriz nas mãos de diretores de talento. Sem contar, da força monumental de um dos mais belos rostos do cinema. No seu melhor filme, “Um Lugar ao Sol”, as atuações mais expressivas são de Montgomery Clift e Shelley Winters. O mesmo acontece em quase todos os seus filmes de qualidade, sempre com outros roubando a cena: Paul Newman e Burl Ives em “Gata em Teto de Zinco Quente”, Katharine Hepburn em “De Repente, no Último Verão”, Marlon Brando e Julie Harris em “O Pecado de Todos Nós”, Spencer Tracy em “O Papai da Noiva”, Rock Hudson e James Dean em “Assim Caminha a Humanidade” etc. O seu maior momento é a Martha de “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”. Não há como negar que é uma interpretação monumental. Admiro a Elizabeth Taylor pop-star, desde sua vida sofrida e gloriosa até seus posicionamentos humanitários corajosos. Realmente foi uma das maiores estrelas da história do cinema.

Antonio Nahud Júnior


15º Lugar (21 pontos)

A MEGERA DOMADA

The Taming of the Shrew

1967

Franco Zeffirelli








16º Lugar (17 pontos)

JANE EYRE

1943

Robert Stevenson










17º Lugar (15 pontos)

A MOCIDADE É ASSIM MESMO

National Velvet

1947

Clarence Brown








18º Lugar (13 pontos)

ADEUS ÀS ILUSÕES

The Sendpiper

1965

Vincente Minnelli








19º Lugar (11 pontos)

GENTE MUITO IMPORTANTE

The V.I.P.s

1963

Anthony Asquith








20º Lugar (10 pontos)

CERIMÔNIA SECRETA

Secret Ceremony

1968

Joseph Losey







FIM DO VEREDICTO Nº3


Próximo Veredicto: Maio/2011



Lista: Sidney Lumet




Data de Publicação: 31/05/2011

Realização: Júri de Cinéfilos do Cinebulição

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