por Gilberto Carlos
Este filme deu o primeiro Oscar a Elizabeth Taylor, mais como prêmio por ela ter sobrevivido às filmagens de Cleópatra, onde quase morreu e foi salva por uma traqueotomia e também como perdão por ela ter roubado o marido de sua melhor amiga, Debbie Reynolds, Eddie Fischer. Depois as duas chegaram a ser amigas novamente e fizeram até um telefilme juntas.
O título pouco atrativo, refere-se a um serviço de recados usados por Gloria (Elizabeth Taylor), uma call girl, ou prostituta de luxo que decide mudar de vida quando se apaixona por um homem casado (Laurence Harvery) e é correspondida, mas como não é tão simples, a mulher dele aparece e dá por falta de um casaco de pele que está com Gloria, o que deflagra o clímax do filme.
Apesar de ter ganho o Oscar por ele, Elizabeth Taylor detestava o filme, que fez para acabar de cumprir um contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer e exigiu a participação do então marido dela, Eddie Fischer, que faz um amigo de infância que a consola nos momentos mais difíceis, mesmo desagradando a namorada que morre de ciúmes.
Adoro filmes com histórias melodramáticas e esse me agradou bastante. Apesar do casal protagonista de amar e de ele até se dispor a abandonar a esposa para ficar com Gloria, as coisas não dão certo e ele se deixa levar por fofocas de um ex-amante dela e diz palavras que a machucam profundamente, bem ao estilo dos anos 50 e 60. A história é baseada em livro de John O’Connor que até tem seu nome nos créditos iniciais acima do título do filme, apesar de não ser muito conhecido pelo público.
DISQUE BUTTERFIELD 8 (Butterfield 8, EUA, 1960)
Direção: Daniel Mann
Elenco: Elizabeth Taylor, Laurence Harvey, Eddie Fisher, Dina Merrill, Mildred Dunnock, Betty Field, Jeffrey Lynn, Kay Medford, Susan Oliver.